Abaixo a burocracia sindical!
Mais um escândalo no governo Dilma. Agora é no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), comandado pelo PDT e pela Força Sindical. O esquema envolve uma cota retirada das ONG’s que recebem verbas do Ministério do Trabalho, num mecanismo de pressão semelhante ao das máfias.
Não se trata de erros individuais, como afirma o Ministro Carlos Lupi. O PDT usa esse mecanismo corrupto para financiar suas “atividades” e enriquecer suas lideranças políticas e sindicais. É público que o PDT utiliza a ONG “Meu Guri”, ligada ao sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, presidida pela esposa de Paulinho, como um duto que canaliza recursos do Ministério do Trabalho para as contas dos políticos Pedetistas. O Mesmo ocorre com a ONG Data Base, alojada na sede da Força Sindical. De nenhum modo se trata de denuncias vazias, já que inúmeras irregularidades são apontadas pela CGU (Controladoria Geral da União), Policia Federal e Ministério Público.
Lembramos que o PDT é reincidente em escândalos. Paulinho, deputado do PDT e presidente da Força Sindical, foi um dos envolvidos na máfia que desviava recursos do BNDES. Recentemente Paulinho e seus comparsas foram condenados pela justiça federal pelo crime de improbidade administrativa por desvios de recursos do programa Banco da Terra.
O PDT aparelhou totalmente o Ministério do Trabalho, transformando os gabinetes em comitês eleitorais para seus candidatos e em uma máquina de cartas sindicais para a burocracia sindical, sobretudo a da Força Sindical e CUT. Só desse modo é possível compreender porque há tanta intromissão na vida sindical do país. Perseguições a sindicatos classistas e uma brutal ligação entre a cúpula das centrais e a cúpula do ministério, numa relação financeira e de parceria mais intensa do que na era Vargas. E as burocracias, afastadas dos locais de trabalho e manejando recursos milionários, implementam nos sindicatos métodos iguais aos de Lupi, Paulinho, Orlando Silva e Palocci. Por isso, nossas campanhas salariais são vendidas, nossos direitos rebaixados e não há democracia nas entidades sindicais das centrais governistas, exemplos são os sindicatos de metalúrgicos, seja da Força Sindical (em São Paulo e Mogi) ou da CUT (no ABC). Há uma verdadeira caixa preta comandada pelas centrais sindicais que usam as verbas do FAT e do imposto sindical em benefício próprio. Por isso nada é feito contra a aplicação de níveis chineses de exploração como vimos nos canteiros de Jirau, nas obras do PAC ou no contracheque dos bombeiros. É isso que explica a vergonhosa nota da CTB, UGT, NCST, CGTB e Força Sindical em defesa das falcatruas de Lupi.
Ao mesmo tempo, as estruturas estaduais do Ministério, as Secretárias Regionais, são instrumentos em favor dos patrões. Atuam contra os trabalhadores nas data-bases e fazem vista grossa ao descumprimento dos acordos coletivos e dos direitos trabalhistas. Praticamente já não fazem fiscalizações e, via de regra, arquivam as denuncia contra os empresários. Internamente as chefias, todas indicadas politicamente (DAS’s), aplicam uma ditadura contra os servidores federais do órgão, não negociando durante a última longa greve dos servidores do MTE, criminalizando e perseguindo lideranças sindicais e impondo um acordo anti-trabalhista após o término do movimento. E tudo isso acontece com a complacência da direção governista que preside a CONDSEF, entidade filiada a CUT.
Esse escândalo é mais uma demonstração de que Dilma não fez nenhuma faxina. Os corruptos seguem em postos chave, nos ministérios e governando o país. PT, PC do B e PDT, os antigos partidos do chamado “campo democrático e popular”, hoje, são definitivamente partidos dos patrões e da corrupção. O PMDB e PR (ex-PL) nunca foram diferentes do PSDB e DEM.
Dilma mantêm essa coligação de corruptos por necessidade de aplicação do plano de ajuste econômico que todos eles defendem. Medidas como a DRU (desvinculação das receitas da União) estão acima de eventuais disputas conjunturais palacianas ou das disputas eventuais entre as siglas que presidem a CUT, por um lado, e as demais centrais, por outro.
O caminho para derrotar a corrupção e ajuste fiscal é a mobilização. Temos que seguir o exemplo da juventude de São Paulo que toma as ruas e se organiza massivamente por seus direitos.
Os trabalhadores necessitam se organizar e derrubar a burocracia sindical corrupta e pelega. Necessitam administrar seus recursos. Necessitam por fim a mamata do imposto e das taxas “pelegais” e confederativas que financiam magnatas do sindicalismo. Necessitam abrir a caixa preta das centrais sindicais, para evitar que os burocratas sigam enriquecendo. Para obrigar que os Paulinhos, Medeiros, Gomes, Patahs, Calixtos, Netos, Dantas e Henriques desçam do pedestal e voltem aos seus locais de trabalho e sintam novamente o que significam a exploração e o assédio moral patronal.
Não há nenhuma possibilidade de investigação profunda de toda essa máfia com a permanência da atual ministro do trabalho nessa pasta. Lupi tem que sair do ministério.
Fora Lupi e todos os corruptos! Investigação e punição de todos os envolvidos! Fim da máfia do MTE!
Abaixo a burocracia sindical! Fim da ingerência do Estado capitalista em nossas entidades! Chega de super-poderes para as centrais!
Varrer os pelegos! Por direções honestas e de luta nos sindicatos, CIPAS, delegacias de base! Por assembléias democráticas para decidir o que fazer com os recursos descontados dos trabalhadores!
Atendimento das reivindicações e fim das perseguições aos servidores do MTE!
UNIDOS PRA LUTAR
São Paulo, 12 de novembro 2011
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