quinta-feira, 30 de abril de 2015

IBGE: Unificar as lutas dos SPF'S!

IBGE
UNIFICAR AS LUTAS DOS SPF'S! CONTRA OS CORTES E AJUSTES FICAIS DE DILMA E LEVY!
Cássia Evangelista (Agente de Pesquisa e Mapeamento do IBGE e UNIDOS PRA LUTAR/CST/PSOL)

No ano de 2014, durante 79 dias, os trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE em todo o Brasil paralisaram suas atividades, mediante os absurdos ataques e precarização que o órgão vem sofrendo. O IBGE é reconhecido como o maior banco de dados da América Latina, e tem papel essencial na sociedade brasileira, que é levantar quantos brasileiros somos, onde estamos e como vivemos, retratando a organização territorial, o movimento econômico e a realidade do país.
A política do governo PT de cortar verbas das áreas sociais essenciais afetou diretamente a educação, a saúde, o transporte, etc., e também o IBGE, que só em 2014 teve mais de R$300 milhões cortados do seu orçamento, e privilegiou o pagamento da dívida pública, obras para a Copa da FIFA, Olimpíadas, contratos com empreiteiras no PAC, e agora sabemos, para os dutos do Petrolão. Ao passo que o quadro de servidores do IBGE em todo o Brasil foi reduzido em 4.000 servidores efetivos, que agora são aposentados, e dos trabalhadores restantes, 4.500 são temporários, que possuem remuneração muito inferior e não têm os mesmos direitos trabalhistas. Com essa situação muitas pesquisas foram canceladas, como a Contagem Populacional e a Pesquisa de Orçamento Familiar - POF, que deveriam acontecer em 2015, muitas Unidades Estaduais estão, literalmente, desabando na cabeça dos servidores, e ainda temos que lidar com uma Direção autoritária, que há anos não se renova e sempre sai em defesa da política do Governo Federal. 
Um exemplo claro desta política de fazer mais com menos que o IBGE passa, foi o muito veiculado erro na divulgação dos dados da PNAD de 2013, que está diretamente ligado ao sucamento do órgão e à desvalorização do servidor. 
Durante a greve, os servidores exigiram que o IBGE tenha plena autonomia técnica, pois não é um órgão de governo e sim do Estado. Que o orçamento do IBGE viabilize seu planejamento de funcionamento. Que os trabalhadores temporários tenham os mesmos salários e direitos que os efetivos em carreira inicial, enquanto estes existirem no órgão, e que haja concurso público imediato para preencher as vagas de aposentados e dos temporários em pesquisas contínuas. Que a carreira e os salários dos efetivos se igualem ao dos órgãos do Ciclo de Gestão. Pela democratização do IBGE, por eleições diretas para a Direção e chefias Estaduais.
A greve se encerrou com um saldo de 186 demissões de servidores temporários, cujo processo de reintegração está judicializado, e a abertura de dois Grupos de Trabalho, um para debater carreiras e outro para trabalho temporário. Porém, a postura autoritária impressa pela Direção do IBGE, MPOG e Governo Dilma demonstra que mais uma vez a categoria deve se mobilizar. Porém, não estará sozinha, pois o momento é de unificar forças para a luta, através de uma campanha salarial unificada dos SPFs e de seu calendário de lutas.
Não a toa acontecerá no dia 29/05 um ato nacional de protesto dos trabalhadores do IBGE no Rio de Janeiro:

- Pelo fim da compensação das horas da greve!
- Pelo cumprimento do acordo de greve!
- Pela reintegração dos demitidos em 2014!
- Pela reestruturação do Plano de Carreira e Salários!
- Não à precarização do IBGE!

- Por concursos públicos e mais verbas!

Nenhum comentário: