Quatorze anos depois da privataria tucana sobre importantes setores prestadores de serviço para a sociedade, é possível ver o desastre que as mesmas foram para a maioria da população. No último dia, 28/02, a CELPA (Centrais Elétricas do Pará), ligada ao grupo REDE, entrou na justiça com um pedido de recuperação judicial que, em outras palavras, expressa um pedido para evitar a falência da empresa. No dia 29, em reunião com deputados e senadores em Brasília, o presidente da empresa, Jorge Queiroz, anunciou que o valor da dívida da CELPA está próximo da casa dos R$ 3 bilhões, com uma dívida em curto prazo de R$ 1,4 bilhões.
Diga não ao aumento de 20% no valor da tarifa de energia!
Não bastando os aumentos abusivos nos últimos anos e a péssima qualidade do serviço prestado, o presidente do Grupo Rede quer que a população do Pará pague a conta da crise gerada pela farra da privatização. Querem elevar a tarifa de energia em absurdos 20%. A CELPA vem nos últimos anos impondo altíssimos reajustes. Sempre acima de inflação do período, nos últimos 10 anos o aumento, se somado, chega próximo aos 190%. Além disso, após o leilão da empresa (por R$ 450 milhões em 1998) foi enviado mais de R$ 600 milhões arrecadados no Pará para outras empresas do grupo em outros estados enquanto vemos que não houve nenhum investimento na melhora do sistema. A CELPA reduziu drasticamente o número de funcionários e aumenta o assédio moral sobre seus trabalhadores. Já foram demitidos mais de 2 mil trabalhadores desde a privatização.
Todo apoio a paralisação de 48h dos trabalhadores da CELPA
Por isso, nós da Associação Nacional de Sindicatos Unidos Pra Lutar, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba, DCE UNAMA e Juventude Vamos à Luta apoiamos a paralisação dos trabalhadores da CELPA em defesa do pagamento da 38ª parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Não deve ser a população nem os trabalhadores dessa empresa que devem pagar pela crise financeira da companhia, mas sim os que a geraram: o grupo REDE!
Reestatização sem indenização!
Acreditamos que a saída é a reestatização da CELPA. Só dessa forma, sem que o serviço público seja tratado como mercadoria é que é possível voltarmos a ter um melhor atendimento e a redução do valor da tarifa. Apesar da Eletrobrás deter 34,54% das ações da CELPA,a reincorporação da mesma para o estado não deve se dar sobre a lógica do mercado financeiro. O grupo REDE não deve receber nenhum centavo a mais de dinheiro público, pelo contrário, devem pagar à população pelo serviço que deixaram de prestar ao longo dos últimos anos. O governo federal não deve comprar as ações da CELPA, assumindo sua dívida, mas sim reestatizar sem indenização.
A privatização de serviços públicos tem sido também uma das marcas dos governos do PT, tanto do governo Lula quanto agora com Dilma. Já foram vendidas ações da Petrobrás, do Banco do Brasil, e esse ano a privataria petista entregou importantes aeroportos, hospitais universitários e a previdência dos servidores públicos nas mãos de empresas.
A paralisação dos trabalhadores da CELPA está intimamente ligada com a luta em defesa de um serviço público de qualidade. É preciso que todos nos somemos a essa luta, indo às ruas e construindo ações conjuntas que denuncie as conseqüências desastrosas da privatização e que com mobilização consigamos derrubar o projeto privatista dos sucessivos governos que sucateiam o setor público para favorecer meia-dúzia de empresários.
Todo apoio a luta dos trabalhadores da CELPA!
Reestatização sem indenização ao grupo REDE!
Não ao aumento da tarifa de energia! 20% a mais é um roubo!
UNIDOS PRA LUTAR - SINTSEP-PA - SINTRAM - DCE UNAMA - JUVENTUDE VAMOS À LUTA
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