Dia 07 de abril o SINPEEM, sindicato dos profissionais em educação no ensino municipal de São Paulo, organizou uma assembléia com mais de 7 mil professores e funcionários de escola, para dar início a campanha salarial em 2011, em frente à secretaria de gestão pública do município de São Paulo.
A prefeitura de São Paulo aprovou em 2010 uma proposta de reajuste de 33,76% em três parcelas (2011, 2012 e 2013) através de abonos complementares. Ou seja, um reajuste não garantido, até porque a terceira parcela seria paga por um governo que nem sabemos ainda qual seria.
Além disso, no último período, a secretaria municipal de educação tem apresentado uma série de mudanças que visam retirar direitos dos profissionais em educação. Mudanças na EJA – educação de jovens e adultos – centralizando as matrículas e impedindo muitas pessoas de estudarem, flexibilização de projetos pedagógicos importantes como as salas de SAP – sala de apoio pedagógico – onde os alunos com dificuldade de aprendizagem têm um atendimento pormenorizado.
Além disso, o governo estuda o fim das salas de leitura e de informática educativa, que contam com professores e projetos próprios para sua execução, bem como atacar a jornada dos professores chamada de JEIF – jornada especial integral de formação - que hoje conta com 25 horas de trabalho em sala de aula (aulas de 45 minutos) e 8 horas de trabalho coletivo. O governo estuda flexibilizar essas horas coletivas (horas de formação docente) para poder implantar a escola de tempo integral de 7 horas.
Não bastasse tudo isso, as profissionais dos CEIs (centros de educação infantis) e EMEIs (escolas municipais de educação infantil) estão com suas férias coletivas ameaçadas, por uma ação do governo municipal que quer manter algumas escolas funcionando em janeiro (os chamados pólos).
Diante disso tudo, e da inexistência de propostas do governo, a assembléia votou a continuidade da campanha salarial, com nova assembléia para dia 28/04/11.
A campanha salarial 2011 acontece numa situação bem específica do nosso sindicato, é que dia 13/05/11 ocorrerão as eleições gerais para a diretoria (2011-2014).
A Unidos pra Lutar, que participa da atual diretoria da entidade de forma minoritária, compõe a chapa “Unidade da Oposição” que conta com vários agrupamentos. No seu interior, temos feito um bloco com os companheiros do coletivo APRA (Alternativa para resistir e avançar – com vários militantes da Intersindical) e estaremos firmes no combate às medidas do governo Kassab, e ao governismo explícito da diretoria majoritária que tem como principal representante (e presidente do sindicato) um vereador do PPS, líder do governo na câmara municipal.
Daremos toda a batalha para vencer as eleições e recolocar o SINPEEM no rumo da luta direta e na conquista das nossas reivinidações.
UNIDOS PRA LUTAR/ SINPEEM
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