quinta-feira, 8 de julho de 2010

NOTICIÁRIO SINDICAL N° 007 - QUINTA-FEIRA, 08/07/2010

1. REPRESSÃO CONTRA A GREVE DO JUDICIÁRIO EM SÃO PAULO
Foi reprimida nesta quarta-feira (07/07) pela policia militar a manifestação dos funcionários do judiciário de São Paulo em greve há mais de dois meses por reajuste salarial.
A Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo (Aojesp) afirmou que a categoria mantém por tempo indeterminado o movimento após reunião frustrada com representantes do Tribunal de Justiça. Os trabalhadores pedem reposição salarial de 20,16%, além do não desconto dos dias parados durante a greve.

2. CAMPANHA SALARIAL DE METALÚRGICOS
Após assembléias realizadas na Scania, São Bernardo (SP) e região, os metalúrgicos ligados a CUT iniciaram sua campanha salarial com a entrega das pautas de reivindicações junto à patronal. Além das cláusulas econômicas, a categoria reivindica a extensão da licença maternidade de 180 dias para todas as mulheres metalúrgicas do ABC. A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT) que reúne 12 sindicatos e representa mais de 250 mil trabalhadores tem afirmado que a bancada dos trabalhadores negociará unida com os patrões.

3. METALÚRGICOS DE SOROCABA (CUT-SP)
Os 650 trabalhadores da Cooper Tools, indústria de ferramentas, de Sorocaba vão receber no próximo dia 08/07, R$ 1,8 mil referente à primeira parcela do PPR 2010, do total de até R$ 3,5 mil. O acordo também beneficia os temporários.

4. METALÚRGICOS DE CAXIAS – RJ
Os metalúrgicos de Caxias (RJ) pedem 10% de aumento salarial e as empresas metalmecânicas oferecem 7%. Novas rodadas de negociações devem ocorrer ao longo deste mês. Neste ano, o Sindicato dos Metalúrgicos começou pedindo um reajuste de 15,31% (5,31% da inflação mais 10% de aumento real). Após três reuniões com a patronal do setor, o sindicato baixou a reivindicação para 10%. A entidade representa 58 mil trabalhadores. Está programada para o dia 12/07 um grande ato pela cidade, o comando de mobilização da categoria ainda não decidiu se será um dia de paralisação ou uma caminhada pelo centro comercial da cidade.

5. METALÚRGICOS DE NITERÓI – RJ
Sindicato da categoria (ligado a CTB) denuncia ameaça de demissões em massa no Estaleiro Mauá. Atualmente o estaleiro tem 4 mil trabalhadores, que com as demissões poderia cair para um patamar de 2,5 mil e 3 mil pessoas, por conta de problemas de gestão. A administração do estaleiro estaria sem depositar o FGTS dos funcionários desde outubro de 2009. Muitos trabalhadores entraram de férias sem saber se voltarão a trabalhar. Somente em dois dias foram dispensados 400 trabalhadores, a justificativa é o número de empregados acima por função do necessário.

6. METALÚRGICOS DE NITERÓI – RJ – PARTE 2
O Sindicato denuncia que o Estaleiro assinou este ano contrato de arrendamento com a Andrade Gutierrez para disputar encomendas da Petrobras e de empresas que operam na exploração e produção de petróleo e gás. O Estaleiro é ligado ao Grupo Synergy, de Germán Efromovich, que também controla o Estaleiro Ilha S.A. (Eisa). Manoel Ribeiro, que dirige o Eisa, foi indicado por Efromovich para assumir a operação do Mauá no lugar de Domingos DArco, transferido para a área comercial. O BNDES anunciou recentemente financiamento de R$ 2,6 bilhões para que a Transpetro adquira sete navios-tanques encomendados ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). O Banco também aprovou crédito de R$ 1,3 bilhão para o estaleiro, que utilizará os recursos para financiar parte da produção de embarcações.

7. UNB TEM MAIOR GREVE DE SUA HISTÓRIA
Os técnicos da Universidade de Brasília (UnB) decidiram manter a greve da categoria. Há 13 dias, os servidores estão de braços cruzados. A reivindicação dos servidores é a manutenção do pagamento da Unidade de Referência de Preços (URP) – mecanismo criado para corrigir salários durante os períodos de inflação e que foi incorporado aos salários de técnicos e professores -, que foi cortado a pedido da Advocacia Geral da União. Hoje ela representa 26,05% dos salários dos servidores. O STF julgará uma ação sobre o tema. Até lá, a greve continua.

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