I Congresso da Unidos Pra Lutar
FOTO MESA INTERNACIONAL DA ESQUERDA PARA DIREITA
ANGELICA LAGUNAS (IS), CLAUDIA GONZALES, SILVIA LETICIA E LIGIA
FOTO MESA NACIONAL DA ESQUERDA PARA DIREITA
PEDRO ROSA (SINTUFF), ALEX (METRO) E CABRAL (QUÍMICOS)
FOTO DO PLENÁRIO DO CONGRESSO DA UNIDOS
No sindicato dos metroviários de São Paulo, reuniu-se entre os dias 3 e
4 de agosto o I Congresso da Unidos Pra Lutar.
Delegações de metroviários, químicos, Alimentação, Servidores Municipais,
Professores de diversos estados, servidores de Universidades Federais,
Rodoviários, Metalúrgicos, Servidores Públicos Federais, da Associação dos
Concursados do Pará, Bancários, professores universitários se deslocaram para
SP com entusiasmo pois o congresso estava se realizando num momento impar.
Após as jornadas de Junho a inquietação política sobre os rumos do país e da
luta de classes, e, sobretudo como intervir neste novo processo motivou
dirigentes e ativistas a participar destes dias de intensos debates.
A abertura foi muito emotiva, com a apresentação de dois vídeos: um sobre as
mobilizações desses dias que passarão para a historia, e outro com o rap criado
e vocalizado pelo companheiro PH Lima, militante psolista do RJ.
O primeiro debate sobre a situação internacional contou com a contribuição da
companheira convidada pela Unidos pra Lutar, Angélica Lagunas, militante do
Partido Esquerda Socialista, dirigente dos professores e deputada estadual da
sua província: Neuquen, no sul da Argentina.
Seu informe fez um apanhado da situação política mundial, a lutas dos
trabalhadores e a importância do Congresso de UNIDOS PRA LUTAR porque ocorre
justamente no Brasil onde no mês de junho ocorreram mobilizações nacionais
contra o governo e os patrões, situação que tem enorme semelhança com o que
ocorre no mundo. Destacou também que junto a lutar por uma nova direção
sindical, é necessário que os trabalhadores se empenhem na construção de uma
alternativa política.
A abertura sobre a situação nacional esteve a cargo do companheiro Pedro Rosa,
coordenador do Sintuff e dirigente da FASUBRA. Fez uma bela e entusiasta
exposição destacando o novo momento que se abriu no Brasil, o fato dos
trabalhadores, a juventude e o povo estarem mais fortes e o enfraquecimento dos
governos e dos partidos da ordem, fortalecendo as condições para avançar na
construção de uma nova direção sindical mas também política para a classe
trabalhadora.
O companheiro Babá, professor universitário, ex dirigente da Fasubra e ex.
parlamentar e fundador e dirigente do PSOL fez uma saudação ao plenário
destacando as lutas pelo mundo afora e sua atual repercussão no Brasil, expondo
também numerosos dados sobre o endividamento do país, e chamando à luta pelo
Fora Cabral e pela suspensão do pagamento da dívida e sua auditoria.
Durante todo o Congresso, esteve presente a luta pelo Fora Cabral e Cadê
Amarildo, sendo votada uma resolução no sentido da Unidos se empenharem nesta
campanha.
Entre as resoluções votadas, destacamos o apoio à campanha dos metroviários de
SP contra a corrupção do governo tucano e o ato pelo Fora Alckmin convocado
para o dia 14 de agosto, assim como à chapa classista que enfrentará a ao
PCdoB-CTB nas eleições de setembro.
A companheira Neide Solimões, dirigente do Sindsep (PA) destacou a importância
de preparar a paralisação do dia 30 de Agosto convocado pelas centrais, mas
diferente do chamado burocrático, a Unidos assume o compromisso de realizar
assembléias e convocar organizando a base. Também, apoiar todos os processos de
luta dos trabalhadores, as campanhas salariais, independente de qual central
sindical esteja filiado, impulsionando espaços de unidade de ação que
fortaleçam a luta, como comitês de mobilização, fóruns de lutas, etc.
Destacamos também o apoio a campanha do povo e da prefeitura de Itaocara contra
a LRF, que arrocha salários e sucateia os serviços.Deliberou-se também formar
uma comissão que comece a trabalhar a problemática racial.
O congresso foi aproveitado para reunir os professores de diferentes estados
para coordenar sua atuação, assim como entre os servidores de diversas
universidades federais do RJ, setores que compuseram as delegações mais fortes
do congresso.
Finalmente, destacamos a saudação do companheiro Bombeiro Daciolo, líder da
heroica greve dos bombeiros do RJ, preso, processado e demitido que dias após o
congresso, e como resultado do levante de Junho, obteve sua reintegração. E do
companheiro Rodrigo "Puf" do grupo independente do sindicato dos
metroviários de SP, que atuam em bloco com os militantes da Unidos na diretoria
do sindicato.
O congresso finalizou com a reforma estatutária, aprovação da prestação de
contas apresentada pelo conselho fiscal e pela eleição da nova direção,
encabeçada pelos os companheiros Pedro Rosa e Neide Solimões como coordenadores
de relações sindicais e de administração e finanças respectivamente que foi
aclamada pelos presentes.
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