Esta
é a primeira greve convocada desde a eleição do partido Syriza, em janeiro
passado.
Os
transportes públicos sofriam paralizações no início da manhã, com pausas no
metrô, causando engarrafamentos nas ruas da capital. A rede ferroviária não irá
funcionar por 24 horas, dificultando o acesso a Atenas do aeroporto
internacional, enquanto os hospitais realizam apenas os serviços mínimos e
emergenciais.
A
greve também afeta os serviços municipais, após o sindicato dos trabalhadores
municipais aderir ao movimento nacional. Centenas de pessoas, segundo polícia,
reuniram-se na parte da manhã no centro de Atenas. À noite, está prevista uma
segunda manifestação em frente ao Parlamento, juntamente com outros partidos de
oposição ao acordo.
Pela
noite manifestantes se posicionam em frente ao Parlamento grego onde é debatido
o pacote de austeridade exigido pela zona do euro. Ocorreu conflitos entre
manifestantes e policiais grupos de manifestantes lançaram coquetéis molotov
nos agentes, que responderam com gás lacrimogêneo. “Há mais de 30 pessoas
detidas pela polícia depois dos confrontos de hoje. Na praça Syntagma mantêm-se
entre 1000 a 1.500 pessoas”, refere o Kathimerini.
Governo
aprova acordo mais perde apoio interno
Mais
da metade dos membros do comitê central do Syriza, o partido do
primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, pediram nesta quarta-feira ao
governo que rejeite o acordo assinado com os sócios europeus por considerá-lo
incompatível com os princípios da esquerda e que não resolve os problemas do
país.
Em
declaração conjunta (Conhecida como Plataforma de Esquerda), assinada por 109
membros dos 201 do comitê central do partido, assinalam que o acordo é
"incompatível com as ideias e os princípios da esquerda e sobretudo com o
que necessitam as classes mais pobres".
Essa
posição se refletiu na votação que ocorreu a noite quando 32 deputados de
Syriza votaram contra o acordo e 6 se abstiveram. A vice-ministra das Finanças
da Grécia, Nadia Valavani, renunciou ao cargo nesta quarta-feira, por discordar
do acordo feito entre a Grécia e seus credores; ela afirmou que não pode ocupar
um cargo ministerial e ao mesmo tempo ser contra uma decisão do governo. Yanis Varoufakis, ex-ministro das
Finanças, votou 'Não'.
O
novo pacote de ajuda grega, além de não conter qualquer tipo de perdão de
dívidas, impõe duras condições a Atenas, com medidas de "aperto"
econômico que não apenas o governo grego tinha prometido não adotar, mas que
também foram recusadas por 61% dos gregos em um plebiscito realizado há duas
semanas.
Nós
da Unidos Pra Lutar, apoiamos os trabalhadores e o povo gregos, que votaram não
no referendo para garantir os benefícios e direitos que foram conquistado com
muitas lutas. Repudiamos o acordo. Chamamos os trabalhadores, a juventude, à
esquerda brasileira e mundial a se manifestarem em frente as embaixadas em
apoio ao povo grego. Nenhum direito a menos. Por uma frente de países
devedores. Por uma greve Intercontinental. Que os ricos paguem pela crise. Não
a TROIKA.
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