No dia 15 de setembro, Bladimir Carvajal, membro do Tribunal Disciplinar da Futpv (Federação Unitária dos Trabalhadores Petroleiros da Venezuela) e dirigente da corrente sindical C-CURA (Corrente Classista, Unitária, Revolucionaria e Autônoma) na Petrocedeño - PDVSA, no estado de Anzoátegui, foi abruptamente retirado pela Guarda Nacional do ônibus que transporta os trabalhadores petroleiros. Um dos supervisores informou que ele não podia entrar na planta porque pesava sobre ele uma solicitação de demissão na Inspetoria do Trabalho. Impediram o dirigente sindical de ingressar no seu lugar de trabalho em meio a um desdobramento de policias e guardas nacionais.
O dirigente sindical Carvajal está sendo cobrado por ser um defensor a qualquer preço do contrato coletivo, violado sistematicamente pela gerência da PDVSA, e um lutador incansável para que se inicie a discussão sobre contrato coletivo vencido.
Em rigor, a medida é parte da perseguição a que são submetidos todos os que lutam de maneira autônoma pelos direitos dos trabalhadores na Venezuela. O governo de Nícolas Maduro denuncia supostas agressões da “direita golpista” para justificar seus ataques às liberdades democráticas dos trabalhadores, Carvajal é integrante da corrente classista CCURA que é encabeçada por Orlando Chirino e nos petroleiros, por José Bodas, que na executiva da FUPPV encabeça a oposição minoritária à maioria burocrática aliada ao governo do PSUV de Maduro.
Há 15 anos é trabalhador do complexo petroquímico José Antônio Anzoátegui, localizado no oriente da Venezuela, Carvajal trabalha no melhorador da Petrocedeño, empresa mista com 60% das ações da Pdvsa e 40% das multinacionais Total (francesa) e Statoil (norueguesa). Esta planta é encarregada de melhorar e converter em petróleo leve o petróleo pesado e extra-pesado do campo de petroleio do Orinoco.
O que tenta a gerência de PDVSA em Petrocedeño é ajoelhar a corrente C-CURA e seus ativistas que desde muitos anos é a vanguarda na luta pelas reivindicações dos petroleiros e pela realização das eleições na Futpv.
Mas Carvajal e os lutadores petroleiros de CCURA não estão sozinhos, contam com o respaldo incondicional dos trabalhadores, que desde terça estão se mobilizando, com uma medida de luta de braços cruzados, em sinal de protesto pela demissão de seu dirigente. Mas este apoio se estende como rastilho de pólvora por outras áreas petroleiras. No estado de Monagas várias brocas paralisaram por uma hora, no estado de Zulia, no sul de Anzoátegui e em outras áreas o protesto se estende, ameaçando com uma rebelião generalizada.
Convocamos os trabalhadores, as organizações sindicais e as personalidades políticas e de direitos humanos a pronunciar-se nacional e internacionalmente contra este ataque às liberdades democráticas e ao direito autonomia sindical. Chamamos a mais ampla solidariedade nacional e internacional exigindo a imediata reincorporação do dirigente opera rio Bladimir Carvajal.
Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta internacional (UIT -QI)
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