Fonte: UNIDOS PRA LUTAR - Maranhão
No dia 26/03 teve início a greve estadual dos militares do Maranhão. Na capital, o movimento está aquartelado na Câmara Municipal. Os bombeiros e PM’s exigem melhores condições de trabalho além de 18% de aumento e anistia do Cabo Campos e soldado Leite que estão sofrendo processo com vistas à expulsão de ambos da corporação pela participação no movimento grevista em 2011. O governo Roseana Sarney (PMDB/PT) se recusa a negociar com os militares, do mesmo modo que o governo Dilma se nega a aprovar a PEC 300 que garante salário digno aos militares, pois o eixo do PT e do PMDB é o pagamento da dívida externa e interna, que consome quase metade do orçamento federal. Ao invés de atender os grevistas, o que vemos são milhões escorrendo pelos ralos da corrupção, licitações milionárias para compra de lagosta, camarão e outras especiarias para abastecer o Palácio dos Leões. Vale dizer que enquanto os militares seguem, de forma justa, reivindicando seus direitos, a população vive as consequências da intransigência do governo Roseana que não quer negociar, uma vez que desde a sexta-feira os ônibus são recolhidos às 17h por conta da insegurança que se expressa na onda de assaltos que atingem aos passageiros, motoristas e cobradores dentro dos coletivos, agravando todos os problemas que já enfrentamos em nosso dia-a-dia. As paralisações setoriais de rodoviários em São Luís por mais segurança no trabalho e as manifestações dos usuários do transporte público, refletem essa situação.
O governo tem dito que a segurança no estado está garantida mesmo com a greve já que os policiais recentemente nomeados “estão nas ruas”. Mas os policiais que ingressaram no último concurso acabaram de concluir o curso de formação e estão “em serviço”, ainda não tiveram seu ato de nomeação publicado no Diário Oficial e, portanto, ainda não são policiais de direito. Eles estão atuando sem receber salários e sem serem resguardados legalmente. É absurdo que a governadora haja de tal forma. Roseana diz que o aumento da violência no Maranhão se deve ao fato de que o estado estaria mais “rico”, num verdadeiro deboche à situação que vive o nosso povo, uma vez que grande parte de nossa população sobrevive apenas com o bolsa família e não tem direito a saúde, educação, transporte público digno, trabalho, cultura, esporte, lazer, etc.. Todos estes serviços devem ser ofertados pelo Estado de maneira gratuita e com qualidade. Na verdade a violência é um grave problema que se aprofunda em função do ajuste econômico que corta verbas das áreas sociais, do desemprego, das privatizações que destroem os serviços públicos e da ação do agronegócio que expulsa os camponeses e quilombolas de suas terras no campo. Por outro lado já vimos a falência da política de “segurança” baseada na repressão e encarceramento em massa durante os trágicos episódios ocorridos no presídio de Pedrinhas. O pior é que Roseana continua exercendo toda a violência da instituição policial contra os movimentos sociais e os moradores da periferia para garantir a paz dos milionários de nossa cidade e dos políticos corruptos de nosso estado. Mais do que nunca é hora dos Policiais grevistas se apoiarem na mobilização e atuarem de forma unificada com as entidades sindicais e populares para reverter essa situação. É preciso por fim a ditadura que existe nos quartéis e as ordens de cima que desrespeitam os direitos humanos e a qualidade de vida dos policiais. Para isso é necessário desmilitarizar a PM e por fim imediatamente aos batalhões específicos de repressão como as tropas de Choque (que só existem para conter protestos). Devemos exigir uma lei que impeça que os PM’s continuem sendo utilizados para reprimir greves, movimentos populares, lutas estudantis, ocupações urbanas, etc. Por isso nos dirigimos aos militares em greve e chamamos os praças a que não mais sigam as ordens do comando-geral e dos oficiais de alta patente, cujas diretrizes de repressão são decretadas por Roseana Sarney. Estamos apoiando sua luta e exigimos que vocês não mais atuem reprimindo manifestações, já que a luta do povo não é um crime. Não podemos esquecer que na greve de 2011, os policiais em greve se solidarizaram com a luta dos índios, quilombolas e sem-terra que também estavam mobilizados na mesma ocasião, em uma carta aberta à população. Além disso, reconheceram os excessos da violência Policial no campo e pediram desculpas por isso perante os movimentos sociais.
Como esta categoria é proibida por lei de fazer greve, nossa solidariedade é necessária para a vitória de sua luta. Por isso, nós da Unidos Pra Lutar somos solidários e estamos ao lado da greve dos bombeiros e policiais. Os bombeiros do Rio mostraram que é possível vencer por meio da mobilização, conquistando avanços salariais, sociais e a anistia a lideranças que estavam à frente da greve da categoria. Fazemos aqui um chamado a todos os sindicatos e entidades de luta do estado para que se realizem novas manifestações de solidariedade como a que já ocorreu essa semana, num ato encabeçado pelas Centrais Sindicais. Precisamos repudiar a utilização do Exercito e da Força de Segurança Nacional no patrulhamento das ruas e na guarda dos prédios públicos, já que essas tropas vão se voltar contra os grevistas e são utilizadas contra o povo trabalhador. O passo a seguir é unificar as lutas e as campanhas salariais que estão em curso para derrotar o governo Roseana Sarney e sua política.
- Todo apoio à greve dos militares! Por reajuste salarial e condições de trabalho dignas! Dinheiro para a PEC 300 e não para a dívida dos banqueiros e a Copa da FIFA! Derrotar o ajuste fiscal de Dilma e Roseana (PT/PMDB)!
- Pelo direito de greve e de organização sindical! Anistia ao cabo Campos e soldado Leite! Pela desmilitarização da PM! Democracia real nos quartéis! Eleição direta da cúpula da PM! Decidir em assembleia como a tropa deve ser comandada! Fim da criminalização dos movimentos sociais! Fim do extermínio ao povo pobre e negro das periferias! Basta de intervenção da PM reprimindo greves! Basta de ações da PM criminalizando o povo!
- Unificar as lutas dos trabalhadores e da juventude, no campo e na cidade! Que as centrais sindicais e sindicatos realizem um dia de greve geral estadual por salários e melhores condições de trabalho para todas as categorias do Maranhão!
São Luís, 31 de março de 2014. Unidos Pra Lutar/MA
Contatos: Denise Albuquerque – denicst@yahoo.com.br
Facebook: Denise Albuquerque
O governo tem dito que a segurança no estado está garantida mesmo com a greve já que os policiais recentemente nomeados “estão nas ruas”. Mas os policiais que ingressaram no último concurso acabaram de concluir o curso de formação e estão “em serviço”, ainda não tiveram seu ato de nomeação publicado no Diário Oficial e, portanto, ainda não são policiais de direito. Eles estão atuando sem receber salários e sem serem resguardados legalmente. É absurdo que a governadora haja de tal forma. Roseana diz que o aumento da violência no Maranhão se deve ao fato de que o estado estaria mais “rico”, num verdadeiro deboche à situação que vive o nosso povo, uma vez que grande parte de nossa população sobrevive apenas com o bolsa família e não tem direito a saúde, educação, transporte público digno, trabalho, cultura, esporte, lazer, etc.. Todos estes serviços devem ser ofertados pelo Estado de maneira gratuita e com qualidade. Na verdade a violência é um grave problema que se aprofunda em função do ajuste econômico que corta verbas das áreas sociais, do desemprego, das privatizações que destroem os serviços públicos e da ação do agronegócio que expulsa os camponeses e quilombolas de suas terras no campo. Por outro lado já vimos a falência da política de “segurança” baseada na repressão e encarceramento em massa durante os trágicos episódios ocorridos no presídio de Pedrinhas. O pior é que Roseana continua exercendo toda a violência da instituição policial contra os movimentos sociais e os moradores da periferia para garantir a paz dos milionários de nossa cidade e dos políticos corruptos de nosso estado. Mais do que nunca é hora dos Policiais grevistas se apoiarem na mobilização e atuarem de forma unificada com as entidades sindicais e populares para reverter essa situação. É preciso por fim a ditadura que existe nos quartéis e as ordens de cima que desrespeitam os direitos humanos e a qualidade de vida dos policiais. Para isso é necessário desmilitarizar a PM e por fim imediatamente aos batalhões específicos de repressão como as tropas de Choque (que só existem para conter protestos). Devemos exigir uma lei que impeça que os PM’s continuem sendo utilizados para reprimir greves, movimentos populares, lutas estudantis, ocupações urbanas, etc. Por isso nos dirigimos aos militares em greve e chamamos os praças a que não mais sigam as ordens do comando-geral e dos oficiais de alta patente, cujas diretrizes de repressão são decretadas por Roseana Sarney. Estamos apoiando sua luta e exigimos que vocês não mais atuem reprimindo manifestações, já que a luta do povo não é um crime. Não podemos esquecer que na greve de 2011, os policiais em greve se solidarizaram com a luta dos índios, quilombolas e sem-terra que também estavam mobilizados na mesma ocasião, em uma carta aberta à população. Além disso, reconheceram os excessos da violência Policial no campo e pediram desculpas por isso perante os movimentos sociais.
Como esta categoria é proibida por lei de fazer greve, nossa solidariedade é necessária para a vitória de sua luta. Por isso, nós da Unidos Pra Lutar somos solidários e estamos ao lado da greve dos bombeiros e policiais. Os bombeiros do Rio mostraram que é possível vencer por meio da mobilização, conquistando avanços salariais, sociais e a anistia a lideranças que estavam à frente da greve da categoria. Fazemos aqui um chamado a todos os sindicatos e entidades de luta do estado para que se realizem novas manifestações de solidariedade como a que já ocorreu essa semana, num ato encabeçado pelas Centrais Sindicais. Precisamos repudiar a utilização do Exercito e da Força de Segurança Nacional no patrulhamento das ruas e na guarda dos prédios públicos, já que essas tropas vão se voltar contra os grevistas e são utilizadas contra o povo trabalhador. O passo a seguir é unificar as lutas e as campanhas salariais que estão em curso para derrotar o governo Roseana Sarney e sua política.
- Todo apoio à greve dos militares! Por reajuste salarial e condições de trabalho dignas! Dinheiro para a PEC 300 e não para a dívida dos banqueiros e a Copa da FIFA! Derrotar o ajuste fiscal de Dilma e Roseana (PT/PMDB)!
- Pelo direito de greve e de organização sindical! Anistia ao cabo Campos e soldado Leite! Pela desmilitarização da PM! Democracia real nos quartéis! Eleição direta da cúpula da PM! Decidir em assembleia como a tropa deve ser comandada! Fim da criminalização dos movimentos sociais! Fim do extermínio ao povo pobre e negro das periferias! Basta de intervenção da PM reprimindo greves! Basta de ações da PM criminalizando o povo!
- Unificar as lutas dos trabalhadores e da juventude, no campo e na cidade! Que as centrais sindicais e sindicatos realizem um dia de greve geral estadual por salários e melhores condições de trabalho para todas as categorias do Maranhão!
São Luís, 31 de março de 2014. Unidos Pra Lutar/MA
Contatos: Denise Albuquerque – denicst@yahoo.com.br
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