A pesquisa tomou como amostra 299 escolas. Ao todo o estado
possui um total de 5mil escolas na rede. A pesquisa trabalha com o Boletim
Epidemiológico da Educação divulgado no final de fevereiro pela Seduc-SP, o
documento era tratado pelo governo Doria como a principal sustentação técnica
para o retorno das aulas presenciais. Como estudantes são menos atingidos pelo
coronavírus e representam 92% da população escolar, as ocorrências entre
docentes e funcionários — que segundo dados da própria secretaria representam
dois terços do total de infecções — ficam diluídas, dando "a falsa
impressão de que professores e servidores se infectaram muito menos do que a
população em geral", como afirma a nota técnica.
Segundo a pesquisa da REPU entre 7 de fevereiro e 6
de março, período de volta às aulas, a disparada na incidência de covid-19
entre professores foi de 138%, ante uma alta de 81% na população de 25 a 59
anos.
A principal conclusão que chega a pesquisa é que
"a retomada das atividades escolares presenciais não pode ser considerada
segura nas escolas da rede estadual".
O estudo da REPU quando analisa Osasco identifica que
existe um pequeno grupo de escolas com índices menores de contaminação. Para os
pesquisadores algumas escolas adotaram, por conta própria, medidas mais severas
de proteção — como rodízio de profissionais, afastamento e testagem de pessoas
que tiveram contato com caso suspeito e limitação de público inferior aos 35%
estipulados pela Seduc-SP. Para os pesquisadores, a estratégia "parece ter
contribuído para uma redução do número de casos de covid-19 entre
professores".
Nota
Técnica Monitoramento de casos de Covid-19 na rede estadual de São Paulo: https://3c60c040-0201-4188-bfd9-ddc208c6ad1a.filesusr.com/ugd/9cce30_232a4b26e21c4a60a750731ec5a27cdd.pdf
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DA
EDUCAÇÃO: https://www.educacao.sp.gov.br/wp-content/uploads/2021/03/2021_03-08-Vers%C3%A3o-1-Boletim-Epidemiol%C3%B3gio-do-SIMED-Vers%C3%A3o-1-Errata.pdf
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