Está em curso no país um brutal ajuste econômico perpetrado pelo governo Dilma (PT/PMDB) em conjunto com os governadores, plano este que provocará mais desemprego, rebaixamento salarial e deterioração nos níveis de vida da população trabalhadora e da juventude.
O governo a cada dia vem mostrando sua face mais conservadora, seus ministros são a nata da representação de banqueiros, latifundiários, empreiteiros e das privatizações, históricos inimigos dos trabalhadores e do serviço público. A falta de pagamento de salários e 13º de terceirizados, e no caso do DF até de funcionários efetivos, mostra que nós servidores seremos alvos de medidas cada vez austeras. Não à toa que o corte no orçamento federal para este ano é de R$22,8 bilhões e a edição das Medidas Provisórias 664 e 665 que atacam nossas conquistas, como a concessão do abono salarial, do seguro-desemprego e do seguro-defeso dos pescadores artesanais.
Por isso chegou à hora de nós servidores públicos federais seguirmos o exemplo dos operários da Volks, que depois de terem derrotado a política da direção burocrática da CUT em dezembro, rejeitando o rebaixamento salarial e as demissões, acabam de obter um importante triunfo. Após 11 dias de greve conseguiram a reintegração de 800 operários e estabilidade no emprego até 2019, derrotando assim a política do governo e dos patrões.
Agora mais do que nunca devemos seguir o exemplo da Volks, começando a preparar a greve geral unificada no serviço público federal para derrotar o plano de ajuste do governo Dilma/Levy.
O governo de Dilma (PT/PMDB) despeja sob nossas costas a crise econômica!
Os dados da economia não são nada animadores, estamos em meio a uma crise econômica brutal que afeta principalmente os trabalhadores, o povo e a juventude. Segundo o IBGE a estimativa do crescimento da economia do ano passado será de míseros 0,15% e para 2015 teremos mais um pibinho de 0,5%. A disparada da inflação, a alta no desemprego, achatamento salarial, o aumento nas tarifas públicas, a crise hídrica e energética fruto dos desmatamentos e demais problemas ambientais, além da total falta de planejamento por parte dos governos são fortes demonstrações de que essa crise recai sobre nós. No entanto nós não podemos aceitar a crise econômica como desculpa para não atender nossas reivindicações. Enquanto estão cortando dos trabalhadores e trabalhadoras, pagam juros e amortizações da dívida pública aos banqueiros federais e os políticos reajustaram seus altos salários em 25%, o que terá um efeito cascata nas assembleias legislativas e câmaras municipais.
Esta política de favorecer com dinheiro público os empresários com destaque aos banqueiros ano após ano tem endividado ainda mais o país. As dívidas interna e externa do país batem recordes. Segundo a Auditoria Cidadã da Dívida, somente a dívida interna passa de 3,071 trilhões de reais e este ano o orçamento votado por petistas e tucanos dedica aos agiotas do sistema financeiro R$ 1,356 trilhão. Esta política econômica tem sucateado todo o serviço público e provoca uma tremenda crise social, como no caso do setor energético, da saúde, segurança pública, etc.
As medidas da Dilma mostram que conservador é o seu governo
No segundo turno das eleições do ano passado se abriu um forte debate em toda a esquerda, diante da disputa eleitoral entre Dilma e Aécio. Muitos embalados numa suposta teoria de “onda conservadora”, votaram em Dilma no segundo turno para derrotar o tucano Aécio Neves. Em menos de dois meses, as medidas do novo velho governo são provas cabais de que quem é conservador é o governo do PT, que governa ao lado da velha política fisiológica, com o PR de Malafaia e com o PMDB de Jader Barbalho e Renan Calheiros. Mais ainda quando vemos a ruralista Kátia Abreu na pasta da agricultura e o ministro da economia o queridinho de Davos, o tucano Joaquin Levy, e um ministério todo conformado por representantes do capital financeiro, agronegócio e industrial. O que mostra que a disputa entre Aécio e Dilma não era de projetos, que apenas disputavam a chave do cofre. Por isso votam juntos no congresso nacional a destinação de 47% do orçamento para pagar a dívida imoral e todos os projetos contra nós trabalhadores, além do que a própria Operação Lava Jato da conta do envolvimento dos políticos do PT e do PSDB.
Preparar a Greve geral unificada do serviço público federal.
Nos servidores públicos federais devemos desde já preparar a campanha salarial unificada e começar a debater a construção da greve geral. O ajuste atingirá em cheio nós servidores, que já amargamos uma defasagem salarial, privatizações e terceirizações e concursos públicos insuficientes. Neste sentido não restam dúvidas que é necessário a luta para derrotar a política conservadora do PT/PMDB.
O ano de 2015 já começou com várias lutas, greves e enfrentamentos: greve metalúrgica da Volks e Scania, servidores públicos estaduais de Brasília, rodoviários, juventude, aeronautas e aeroviários e trabalhadores terceirizados de várias universidades. Esta é a tônica de 2015, que tende a aprofundar. Nas universidades também os trabalhadores terceirizados, que estavam sem receber os salários e 13º se organizaram e fizeram greves e mobilizações.
Plenárias dos SPF’s para que a base decida os rumos do movimento.
Em dezembro de 2014, mais de 300 lideranças dos servidores federais de todas as entidades decidiram, em seminário do fórum, convocar uma plenária unificada dos SPF´s, para fim de janeiro para aprovar a campanha salarial 2015. Porém, em janeiro, a direção da Condsef (CUT), exigiu que fosse cancelada a plenária, pois significaria eleger em assembleias os delegados, que discutiriam como construir a luta contra Dilma. A direção da Condsef ameaçou sair do fórum e não participar das atividades unificadas. Um velho método de excluir a base de decidir, chantagear para proteger o governo. Infelizmente os demais setores, especialmente a Conlutas cedeu novamente a esta política que prejudica a luta dos SPF´s. Lembremos que desta forma se desmontou a greve unificada no ano passado e retiraram da pauta a luta contra a reforma da previdência, protegendo os mensaleiros e o governo.
Este ano termina o acordo rebaixado da greve de 2012, em que as três centrais desaproveitaram a força daquela greve. Agora, a Dilma está vindo com mais força contra nossa classe. Não haverá meio termo, espaço de diálogo, nem de defesa de nossos direitos e nossa pauta sem uma greve unificada, construída com a base. A Condsef não pode repetir o que fez em 2014 que não encaminhou a greve aprovada em seu congresso e se contrapôs a greve dos Servidores da Cultura. Assim a esquerda, em especial a Conlutas que dirige Andes e Sinasefe, que tem peso na Fasubra, não pode ficar atrelada a acordo rebaixados, como de 2012, e nem recuar em nome de supostos consensos com as direções burocráticas da CUT, CTB, que só leva a nos paralisar e a não encaminhar a luta.
Por isso agora devemos organizar um calendário de luta, construir a greve geral do serviço público, com dias de paralisação nacionais, atos e marchas unificadas. Exigir, em especial da CUT e CTB, que rompam com o governo Dilma e que de fato chame a luta. Pois os atos do dia 28/01, organizado pela CUT e demais centrais nos estados foram esvaziados, burocráticos e sem nenhuma preparação com assembleias de base e paralisações, o que mostra o papel da direção da CUT em blindar a Dilma, e em não encaminhar de fato a luta contra os ataques à classe trabalhadora.
As plenárias unificadas do serviço público devem ser realizadas a partir de delegações votadas nas assembleias de base, como forma de acabar com os acordos de cúpula, para a base decidir os rumos do movimento.
Unificar e fortalecer as lutas para derrotar as medidas de ajuste de Dilma/Levy!
Preparar a Greve Geral do serviço Público Federal, por aumento real de salários, fim das privatizações e terceirizações.
Suspensão do pagamento da dívida pública e auditoria imediata.
Unificar com o ato da Fasubra contra a EBSERH no dia 06/03!!
Rejeitar e derrotar a MP 664/665/2015 que restringe nossos direitos
Lutar pela Paridade entre ativos, aposentados e pensionistas
Plenária unificadas do funcionalismo com delegados(as) eleitos(as) pela base
Plenárias unificadas pelos estados
Unidos Pra Lutar
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