segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Tirando Lições das Jornadas de Junho

I Congresso da Unidos Pra Lutar


FOTO MESA INTERNACIONAL DA ESQUERDA PARA DIREITA
ANGELICA LAGUNAS (IS), CLAUDIA GONZALES, SILVIA LETICIA E LIGIA 



FOTO MESA NACIONAL DA ESQUERDA PARA DIREITA
PEDRO ROSA (SINTUFF), ALEX (METRO) E CABRAL (QUÍMICOS)

FOTO DO PLENÁRIO DO CONGRESSO DA UNIDOS


No sindicato dos metroviários de São Paulo, reuniu-se entre os dias 3 e 4 de agosto o I Congresso da Unidos Pra Lutar.

Delegações de metroviários, químicos, Alimentação, Servidores Municipais, Professores de diversos estados, servidores de Universidades Federais, Rodoviários, Metalúrgicos, Servidores Públicos Federais, da Associação dos Concursados do Pará, Bancários, professores universitários se deslocaram para SP com entusiasmo pois o congresso estava se realizando num momento impar.

Após as jornadas de Junho a inquietação política sobre os rumos do país e da luta de classes, e, sobretudo como intervir neste novo processo motivou dirigentes e ativistas a participar destes dias de intensos debates.

A abertura foi muito emotiva, com a apresentação de dois vídeos: um sobre as mobilizações desses dias que passarão para a historia, e outro com o rap criado e vocalizado pelo companheiro PH Lima, militante psolista do RJ.

O primeiro debate sobre a situação internacional contou com a contribuição da companheira convidada pela Unidos pra Lutar, Angélica Lagunas, militante do Partido Esquerda Socialista, dirigente dos professores e deputada estadual da sua província: Neuquen, no sul da Argentina.

Seu informe fez um apanhado da situação política mundial, a lutas dos trabalhadores e a importância do Congresso de UNIDOS PRA LUTAR porque ocorre justamente no Brasil onde no mês de junho ocorreram mobilizações nacionais contra o governo e os patrões, situação que tem enorme semelhança com o que ocorre no mundo. Destacou também que junto a lutar por uma nova direção sindical, é necessário que os trabalhadores se empenhem na construção de uma alternativa política.

A abertura sobre a situação nacional esteve a cargo do companheiro Pedro Rosa, coordenador do Sintuff e dirigente da FASUBRA. Fez uma bela e entusiasta exposição destacando o novo momento que se abriu no Brasil, o fato dos trabalhadores, a juventude e o povo estarem mais fortes e o enfraquecimento dos governos e dos partidos da ordem, fortalecendo as condições para avançar na construção de uma nova direção sindical mas também política para a classe trabalhadora.

O companheiro Babá, professor universitário, ex dirigente da Fasubra e ex. parlamentar e fundador e dirigente do PSOL fez uma saudação ao plenário destacando as lutas pelo mundo afora e sua atual repercussão no Brasil, expondo também numerosos dados sobre o endividamento do país, e chamando à luta pelo Fora Cabral e pela suspensão do pagamento da dívida e sua auditoria.

Durante todo o Congresso, esteve presente a luta pelo Fora Cabral e Cadê Amarildo, sendo votada uma resolução no sentido da Unidos se empenharem nesta campanha.

Entre as resoluções votadas, destacamos o apoio à campanha dos metroviários de SP contra a corrupção do governo tucano e o ato pelo Fora Alckmin convocado para o dia 14 de agosto, assim como à chapa classista que enfrentará a ao PCdoB-CTB nas eleições de setembro.

A companheira Neide Solimões, dirigente do Sindsep (PA) destacou a importância de preparar a paralisação do dia 30 de Agosto convocado pelas centrais, mas diferente do chamado burocrático, a Unidos assume o compromisso de realizar assembléias e convocar organizando a base. Também, apoiar todos os processos de luta dos trabalhadores, as campanhas salariais, independente de qual central sindical esteja filiado, impulsionando espaços de unidade de ação que fortaleçam a luta, como comitês de mobilização, fóruns de lutas, etc.

Destacamos também o apoio a campanha do povo e da prefeitura de Itaocara contra a LRF, que arrocha salários e sucateia os serviços.Deliberou-se também formar uma comissão que comece a trabalhar a problemática racial.

O congresso foi aproveitado para reunir os professores de diferentes estados para coordenar sua atuação, assim como entre os servidores de diversas universidades federais do RJ, setores que compuseram as delegações mais fortes do congresso.

Finalmente, destacamos a saudação do companheiro Bombeiro Daciolo, líder da heroica greve dos bombeiros do RJ, preso, processado e demitido que dias após o congresso, e como resultado do levante de Junho, obteve sua reintegração. E do companheiro Rodrigo "Puf" do grupo independente do sindicato dos metroviários de SP, que atuam em bloco com os militantes da Unidos na diretoria do sindicato.

O congresso finalizou com a reforma estatutária, aprovação da prestação de contas apresentada pelo conselho fiscal e pela eleição da nova direção, encabeçada pelos os companheiros Pedro Rosa e Neide Solimões como coordenadores de relações sindicais e de administração e finanças respectivamente que foi aclamada pelos presentes.

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